segunda-feira, 14 de junho de 2010

Moda sim, tendência não!

     A estilista e produtora de moda Fabiana Teixeira, utiliza o modo tradicional para costurar seus modelos. A máquina Singer doméstica, com mais de dez anos, é a opção da estilista, que faz os acabamentos das peças à mão. “Não gosto das máquinas industriais, como as overlock e galoneira, elas danificam os tecidos. Prefiro o método antigo de costurar. Penso em trocar minha máquina, apenas para ter mais agilidade, só por isso”, orgulha-se Teixeira.

     Depois de formada na primeira turma do curso de Gestão e Design em Moda pela Universidade Salvador-UNIFACS, fez, por um ano, aulas particulares em modelagem de alta costura, com uma ex-costureira da Maison Chanel da década de 60, nas quais aprendeu a costurar. Apesar do conhecimento pronto da Academia, não segue as tendências, acompanha a moda para saber o que está em uso, sem aplicar às produções, que prefere manter livres. “Estudo muito sobre moda, compro livros, acompanho os lançamentos das novidades sobre modelagem, do SENAC, sei o que estar em vigor, mas, não me influencio”, afirma a estilista. As roupas são feitas por encomendas e sob medidas respeitando o gosto, corpo e opinião das clientes, sem deixarem de ter a sua criação.



 Exclusividade

     As clientes ganham exclusividade, pois, as peças produzidas são únicas. Tecidos coloridos e estampados fazem parte da preferência da modista, mesmo confeccionando vestidos de uma só cor, coloca detalhes em cores.





Inspiração
     Em 2007, viajou para a África e, como produtora de moda produziu desfiles, na inauguração do primeiro shopping de Angola. Através de pesquisa local se identificou com o binômio: moda e cultura lhe despertando a inspiração para criar. “Lá na África tudo que é feito carrega os traços da cultura, com a moda não poderia ser diferente. Aprendi a fazer amarrações e isso facilita muito na hora de costurar”, compartilha Teixeira. Como não poderia ser diferente, a bagagem de volta ao Brasil, veio carregada de peças inteiras de tecidos africanos, que, com engenho, são utilizados como lenços de cabelo, detalhes e enfeites dos vestidos e bolsas feitos.



Público - alvo

                                                                                                       “Atendo ao público alternativo, mas, alternativo não no sentido estereotipado. É vestir alguma coisa, que não seja usual, que não está no shopping”, pondera a estilista. A clientela é feminina e variada, desde adolescente de 14 anos até senhora de 50, que querem uma roupa diferente para os dias especiais. A modista tem facilidade de satisfazer essas jovens/ mulheres, em um segmento difícil, que é a alta costura, justamente, pela formação em moda sofisticada que teve e a capacidade de criar em cima do conhecimento.

 
 Espaço
 
 O tempo precisa ser bem controlado por Teixeira, que o divide entre as produções dos eventos de moda, o Buffet de festas que administra e as costuras no atelier. Os seus trabalhos circulam pela cidade em momentos e atividades diferentes, como: Barra Fashion, Barrinha, Iguatemi Collection, Camarote Expresso 2222, Festival de Verão, mas, sem perder a característica da liberdade de criação. Quer conhecer o trabalho de Fabiana Teixeira? Mande e-mail: contatofabi@uol.com.br

Um comentário:

  1. Gostei muito da reportagem! E do trabalho de Fabiana. Bom saber que a produção baiana não seprende apenas algumas botiques... :)

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